Desde o dia 9 de outubro, a Polícia Civil do estado de São Paulo não conta mais com o serviço de guincho durante a noite e a madrugada. As delegacias de todo estado receberam um comunicado avisando que o serviço será disponibilizado apenas entre as 9h e 21h. Entre o final da noite e a madrugada, os policiais ficam sem socorro caso a viatura seja danificada durante uma ocorrência.
A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Raquel Kobashi Gallinati, questiona “o que acontece se a viatura do policial, durante uma ocorrência fora deste horário, sofrer uma pane? Mais uma vez, a falta de condições de trabalho expõe o policial a riscos”.
Raquel observa que os policiais civis já operam com uma frota de veículos “sucateada” e a suspensão do serviço vai agravar essa situação. “Para combater o crime e proteger a população, os policiais civis de São Paulo têm que contornar a falta de profissionais, que atinge mais de 30% dos quadros, o sucateamento das delegacias e viaturas, a falta de equipamentos de segurança e agora ainda têm que lidar com mais essa situação de risco”, afirma a presidente do Sindpesp.
Um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, em julho deste ano, mostrou que muitas unidades não possuem quantidade suficiente de viaturas para o trabalho policial e que as existentes necessitam de reparos constantes ou estão inoperantes.
Além disso, cerca de 40% dos policiais trabalham sem coletes balísticos. “O governo do estado precisa urgentemente investir na segurança pública, não só em benefício da segurança dos policiais, mas em nome de toda a sociedade”, finaliza Raquel.
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