Em 2020, na cidade de São Paulo, um total de 24.113 mulheres foram atendidas nos doze equipamentos que compõem a rede de proteção a mulheres vítimas de violência da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).
Em março, ainda antes da pandemia do novo coronavírus, 2.886 mulheres procuraram os serviços. Já no período mais rígido da quarentena, em abril e maio, houve queda acentuada de 65% nos atendimentos, para 1003 em abril e 1000 no mês de maio. Em junho houve um ligeiro crescimento na procura pelos serviços com 1420 atendimentos, representando elevação de 41% em relação aos meses anteriores, mas ainda bem abaixo dos patamares anteriores. A curva voltou ao patamar de mais de 2 mil atendimentos em julho, onde se manteve subindo gradualmente até novembro, o pico do ano passado com 2890 atendimentos.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre do ano passado, 648 mulheres foram assassinadas no país, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Analisando estes dados, a SMDHC implementou ações para reforçar o suporte às mulheres vítimas de violência doméstica. São ao todo treze serviços em pleno funcionamento: os quatro Centros de Referência, os cinco Centros de Cidadania da Mulher (das 10h às 16h), a Casa da Mulher Brasileira (24 horas por dia, inclusive sábados e domingos) que possui alojamento provisório, as Casas de Abrigo e de Acolhimento Provisório, que possuem vinte vagas cada, e o Posto Avançado no Metrô Santa Cecília, inaugurado em dezembro passado (abre das 8h às 19h, de segunda a sexta, exceto feriados).
De acordo com a Secretaria, a mulher vítima de violência, seja psicológica, física, moral ou que tenha sofrido qualquer outro tipo de agressão, é atendida no local por uma equipe especializada composta por assistente social e psicóloga que faz uma escuta qualificada, a orientação e possível encaminhamento a um dos equipamentos da rede de proteção à violência contra a mulher.
Para a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto, “é importante que as mulheres saibam a estrutura que elas têm à disposição pela cidade de São Paulo, e onde podem procurar ajuda para quebrar o ciclo de violência”.
Confira a rede de atendimento da SMDHC na zona Sul paulistana:
Casa da Mulher Brasileira (todos os dias, 24 horas) – Rua Vieira Ravasco, 26 – Cambuci. Telefone 3275-8000.
CRM’s e CCM’s – Segunda a sexta-feira, das 10h às 16h:
Casa Eliane de Grammont – Rua dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino. Telefone 5549-9339.
CRM Maria de Lourdes Rodrigues – Rua Luiz Fonseca Galvão, 145 – Capão Redondo. Telefone 5524-4782.
CCM Parelheiros – Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119. Telefone 5921-3665.
CCM Santo Amaro – Praça Salim Farah Maluf, s/nº. Telefone 5521-6626.
CCM Capela do Socorro (foto) – Rua professor Oscar Barreto Filho, 350 – Parque América / Grajaú. Telefone 5927-3102.
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