O grupo Serenata & Cia. proporciona com sua arte, em um estilo musical que atravessa gerações e modernismos, belas homenagens e momentos marcantes, como este.
“Era uma noite movimentada no boliche de Santo Amaro. Entre as pistas iluminadas e o barulho das bolas, o trio do Serenata & Cia chegou com uma missão especial: surpreender seu Miguel, um senhor de 75 anos apaixonado por boliche. Quem os convidou? Seu neto Matheus, um garotinho de 12 anos.
“Meu avô ama jogar! Mas hoje ele vai aprender que a vida também tem trilha sonora!”, disse Matheus, piscando para os músicos. A cantora ajeitou o microfone, o cantor afinou o violão e o saxofonista fez um breve aquecimento. Eles esperaram o momento certo. Miguel se posicionou na pista, concentrado, segurando sua bola preferida. Então, antes que ele a lançasse, as primeiras notas ecoaram no salão.
O boliche inteiro silenciou. Miguel congelou no meio do movimento, confuso, até perceber que aquela música era para ele. Matheus correu até ele e gritou animado: “Vô, hoje é dia de strike… no seu coração!”.
Todos riram e aplaudiram, e Miguel, emocionado, deixou a bola de lado e colocou a mão no peito. Os músicos começaram a cantar uma canção cheia de nostalgia e alegria, falando sobre o tempo, as escolhas da vida e os momentos que realmente importam.
Quando a música terminou, Miguel enxugou os olhos e, com um sorriso largo, bateu palmas junto com todos. Então, pediram-lhe algumas palavras. Ele respirou fundo, pegou o microfone e começou: “Ah, meu neto danado! Me pegou de jeito!”, riu, ajeitando os óculos. “Sabe, pessoal, a vida é como esse jogo aqui. Quando a gente nasce, a pista está lisinha, sem marca nenhuma. A gente começa a jogar, errando um bocado no começo… às vezes a bola vai direto para o canal lateral!”. O público ria e concordava.
“Mas aí, a gente aprende. Descobre o jeito certo de segurar a bola, de mirar melhor, de respirar antes de lançar. E quando finalmente acerta um strike, percebe que ele não veio à toa. Foi porque tentou, errou, tentou de novo e não desistiu”. Os aplausos cresceram.
“Mas tem uma coisa mais importante”, continuou ele, olhando para Matheus. “O boliche não é um jogo solitário. A vida também não. A gente pode até jogar sozinho, mas não tem a mesma graça. O melhor é ter amigos torcendo, família vibrando, gente pra rir quando a bola cai no canal e pra comemorar quando vem o strike”.
“E sabe o que é mais bonito? O jogo não acaba enquanto a gente tem forças pra lançar mais uma bola! Eu já joguei 75 anos dessa partida, e sabe o que eu aprendi? O segredo não é derrubar todos os pinos. O segredo é continuar jogando com amor!”. Aplausos calorosos tomaram conta do boliche. A cantora puxou outra música animada, e logo todos estavam cantando juntos.
Miguel, empolgado, pegou sua bola e lançou… STRIKE!
Matheus pulou no colo do avô, e todos vibraram. Naquela noite, a pista de boliche virou um palco de vida, amor e aprendizado. Porque no fim das contas, não importa quantos pinos caem, o que importa é quem está ao seu lado jogando”.
Texto: Fredi Jon
(Esta e outras histórias estão no MINUTO Serenata, disponível no site: serenataecia.com.br e no YouTube)
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