O grupo Serenata & Cia. proporciona com sua arte, em um estilo musical que atravessa gerações e modernismos, belas homenagens e momentos marcantes, como este:
“Era uma quinta-feira e a trupe da Serenata tinha uma homenagem super importante para fazer para os funcionários de uma grande empresa de São Paulo. Fredi Jon estava se barbeando para o evento quando toca o telefone.
Era outra pessoa querendo mais informações sobre o trabalho da trupe. O cliente pediu para anotar o contato do outro sócio e Fredi, sem encontrar onde fazer as anotações, resolveu escrever com pasta de dente no espelho do banheiro mesmo, afinal, estava em cima da hora para o compromisso do dia.
Assim foi feito, Fredi se vestiu e rumou para o trabalho.
O trânsito estava infernal. Em uma dessas paradas forçadas, um garotinho de mais ou menos sete anos de idade se aproximou do carro e falou: -Tio a sua barba aí tá muito estranha.
Imediatamente Fredi se olhou no espelho do carro e foi aí que percebeu, na correria de atender o cliente, esqueceu de terminar a barba. A ideia estratégica era sair imediatamente da Marginal atrás de uma farmácia. Que remédio, o jeito foi colocar uma máscara na cara pra mais ninguém notar e resolver aquela comédia…
Deu tudo certo, ele comprou o que precisava, foi ao banheiro e pode sair da farmácia livre, leve e solto, sem a máscara.
Só que essa tranquilidade durou pouco. Ao olhar para trás na hora de manobrar o carro, Fredi percebeu que tinha esquecido outra coisa… O violão, sim, o violão ficou em casa, e não dava tempo de voltar para pegar. Nosso seresteiro quase teve um troço, o desespero voltou. Ligou para o saxofonista na esperança de ainda estar em casa, mas já estava a caminho também.
O trabalho era uma dupla, voz, violão e sax, como chegar ao local sem o instrumento? E o que dizer para as meninas que haviam contratado aquela homenagem? Foi aí que o saxofonista ligou de volta dizendo que havia chamado um motoboy para buscar o violão, e que o mesmo já estava a caminho do trabalho.
Ufa!!! Fredi respirou aliviado. Os dois músicos chegaram simultaneamente no local da homenagem, ainda com uns quinze minutos de folga. Agora só faltava o violão.
A contratante veio toda animada pedindo para eles irem ajeitando as coisas. O saxofonista disfarçava arrumando o que faltava e Fredi saiu de fininho pra buscar o violão que finalmente já estava na portaria.
Sim, ele chegou a tempo, o trabalho foi realizado com sucesso e ninguém desconfiou de nada.
É gente, foi um dia estressante, difícil e complicado, mas entre mortos e feridos, todos passam bem…, kkkk”.
Texto: Fernanda Morena
(Outras histórias você encontra no MINUTO Serenata, disponível no site: serenataecia.com.br e no YouTube)
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