No site Portal dos Mananciais, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que monitora os níveis das represas, a de Guarapiranga operava com 42,3% de sua capacidade no último dia 6 de setembro. A situação é considerada como um sinal de alerta devido a previsão de poucas chuvas no estado para os próximos dias e semanas.
Para o engenheiro Antônio Carlos Zuffo, professor do Departamento de Recursos Hídricos da Unicamp, São Paulo está atravessando um período mais seco desde 2013 e que durará de 20 a 50 anos. São ciclos de longos períodos, com variações, mas que neste ano está bem mais seco. A umidade do ar está muito baixa por isso a evaporação é maior. O consumo de água também aumenta por causa do calor, logo o reservatório tende a diminuir sua capacidade até o início das chuvas.
De acordo com Antônio Carlos, o problema é que está prevista a ocorrência do fenômeno La Niña nas próximas estações, Primavera e Verão. A La Niña geralmente diminui as precipitações.
O governo do Estado para lidar com esta situação, já iniciou mais uma etapa de perfuração de poços artesianos para aumentar a oferta de água aos municípios. Segundo Antônio Carlos, essa medida é um tipo de solução que pode não ser suficiente porque alguns aquíferos no estado tem vazão entre 8 a 20 metros cúbicos por hora, o que é uma vazão muito baixa para o abastecimento.
Por seu lado, a Sabesp informou através de nota que o Sistema Integrado Metropolitano – a junção de sete grandes sistemas – opera com 54,9% do volume total e se mantém na média dos últimos cinco anos. A empresa reforçou a importância da população manter o consumo consciente da água neste momento e em qualquer época do ano.
Atualmente, a represa de Guarapiranga abastece aproximadamente 5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo. O que se tem notado neste reservatório é o aumento das faixas de areia em suas margens, devido à baixa nos níveis da represa.
Fonte: Grupo Sul News
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