Três funcionários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vargem Grande, na região de Parelheiros, zona Sul paulistana, que não atenderam uma mulher que morreu a poucos metros da unidade, foram demitidos e substituídos.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que o caso segue em apuração pelas comissões dos órgãos de classe. A pasta não explicou as funções dos funcionários demitidos.
O caso ocorreu na quarta-feira, 6 de novembro, e, segundo moradores da região, apesar de pedirem ajuda médica aos profissionais da unidade, a mulher de 68 anos não foi socorrida.
Em imagens gravadas pelos vizinhos, a mulher aparece caída no chão, desacordada, enquanto uma moça pede ajuda e denuncia a situação. “Eu fui lá e eles falaram que não podiam vir acudir a mulher. Não podiam sair do posto, não podiam fazer nada”, disse.
Um outro registro mostra uma moradora realizando uma massagem cardíaca para tentar reanimar a mulher.
Em entrevista ao G1, o gerente de saúde da UBS, Alberto Damião, disse que só soube do caso na quinta-feira. Ele também relatou ter ido ao local para receber mais informações, onde encontrou a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Quando perguntado sobre o motivo da equipe médica não ter atendido a mulher, Damião afirmou que não sabia.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirma “lamentar profundamente a perda da munícipe” e que está em curso uma apuração junto à Organização Social da Saúde (OSS) e da Associação Saúde da Família (ASF) para “verificar se foram seguidos os protocolos estabelecidos pela SMS para atendimentos de urgência e emergência”.
POPULAÇÃO PROTESTA E PICHA
Já na manhã da segunda-feira, 11 de novembro, a UBS Vargem Grande amanheceu pichada. Nas paredes externas foram escritas frases, como “a negligência custou uma vida”, “médicos incompetentes” e “mais saúde, menos negligência”.
O G1 informa que procurou a SMS para comentar o vandalismo e a pasta informou que as paredes já tinham sido pintadas.
Fontes: TV Globo e G1 SP
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